É sempre muito chato falar de um show que não conseguimos acabar. No caso da Sobre o Fim, é a primeira vez (apesar de eu já ter passado por isso milhares de vezes com outras bandas). Muita gente nem entendeu por que saímos do palco depois de 5 músicas, sem ao menos ter tocado todas as nossas próprias. O que aconteceu foi um problema que nós já esperávamos há muito tempo. O local onde fica o Clube dos Artistas é um bairro completamente residencial. Desde os primeiros shows haviam reclamações dos vizinhos por conta do barulho. No show de ontem não foi diferente.
Quando subimos ao palco, o Neto [organizador do show] já havia nos pedido para reduzirmos o repertório. Tínhamos 9 músicas para tocar e riscamos 2 covers. Enquanto tócavamos, gradativamente PAs iam perdendo volume até quase ficarmos apenas com o som de cima do palco. Mesmo assim, parece não ter sido suficiente para a fiscalização da prefeitura. Das 7 músicas que sobraram, só conseguimos tocar 5. O show teve que acabar e a banda Nêmesis, que subiria logo após nossa apresentação, não pôde nem tocar.
Posso garantir a vocês que estamos tão (ou mais) tristes que aqueles que estavam esperando nosso show. Principalmente se for para se levar em conta o quanto nós gastamos de dinheiro (acredite, nós praticamente pagamos para tocar por conta da história dos integrantes da banda morarem em cidades diferentes) e de suor para tocar em cada show.
E não dá nem pra ficar chateado com a organização, que desde sempre propiciou o único refúgio das bandas underground em Sobral. E por falar em último refúgio, Sobral agora fica carente de espaços pra show, repetindo o que aconteceu com Fortaleza alguns meses (mas que já encontra-se normalizando).
No mais, esperamos muito em breve terminar o show que começamos. Aproveitamos para convidar aos amigos aos próximos shows que virão, que, acredito, terão início, meio e FIM.
 |
 |
 |
 |
 |
